A vertigem da nudez
Não se compara ao enjôo da visão
Quando o corpo está nu
Apenas a lupa das mãos alheias o ratreia
Meus olhos estão cansados de enxergar
Não querem mais a miséria do que imploram amor
Sem saber amar
A vaidade cega dos ignorantes
A pobreza humana dos que se julgam importantes
A rosa
Que antes era vermelha
Agora é naúsea
Nada representa
Porque tudo se perdeu na confusão diária dos corpos
Na ansiedade dos que se procuram
Mas não se acham
Meus olhos estão cansados
Querem hoje comente o ócio.